Museu do Ipiranga: 5 motivos (e 1 alerta) para visitar o prédio do monumento (2023)

A equipe está orgulhosa e animada.Museo IpirangaApós nove anos de reformas, estará aberto ao público a partir de 8 de setembro. Em 2013 oO museu foi fechado às pressas.após vistoria técnica, durante a qual foram detectados deslocamentos na cobertura devido a infiltrações.

A avaliação do edifício, a retirada de todo o acervo, a realocação das peças para as reservas técnicas e a abertura do edital do projeto arquitetônico foram realizadas em 2017. Após essa fase, veio o período de arrecadação e em outubro de 2019, as obras finalmente começaram.

“Desde então, passaram-se menos de três anos, durante os quais houve uma pandemia, durante os quais se realizaram obras de restauro e se alargou a modernização, incluindo tecnologias de ponta.combater o fogoe medidas desustentabilidade” explica a diretora do equipamento, Rosaria Ono, professora da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (USP), em nota à imprensa.

Agora, como prometido, o renovado museu vai reabrir a tempo de comemorar a sua reabertura ao público.200 anos da independência do Brasil. O GALILEO já obteve uma visão geral do estado do museu. Aqui estão cinco razões para você também visitar este patrimônio histórico e manter-se atualizado sobre como obter ingressos.

1. Notícias estruturais

Quem visitar o Museu do Ipiranga a partir de 8 de setembro verá não apenas coleções e estruturas totalmente restauradas, mas também um espaço totalmente novo no local.

A área fica abaixo do prédio do memorial no nível do Jardim Francês e é a nova entrada do museu. O espaço, designado por “zona de acolhimento”, integra bilheteira, cafetaria, livraria, loja, auditório com capacidade para 200 lugares, salas de atendimento educativo e um espaço de 900 metros quadrados dedicado a esta temática.exposições temporáriasque estará em exibição a partir de novembro de 2022.

“Estamos muito orgulhosos porque este espaço é um local de acolhimento para pessoas e famílias que podem passar o dia inteiro no museu e participar de atividades educativas e recreativas”, afirma Amâncio Jorge de Oliveira, vice-diretor do Museu do Ipiranga e associado Professor do Instituto de Relações Internacionais da USP, em entrevista ao GALILEU.

Ao todo, as novas instalações representam uma ampliação da área útil do museu em 7.000 metros quadrados. Para a construção desta parte foram retirados 35.000 metros cúbicos de terra, o que corresponde à capacidade de 2.000 jipes.

O Jardim Francês também foi renovado. Após oito meses de trabalho, a zona verde pôde ser restaurada,iluminação públicaFoi modernizado (mantendo os montantes originais) e a fonte central foi reativada.

Entre outras mudanças, a reforma do jardim foi orçada em R$ 19 milhões e financiada pelo governo do estado de São Paulo. Outra inovação estrutural do museu é que haverá um mirante no topo, que deve ser aberto ao público no final do ano.

2. Acessibilidade

Um aspecto importante da reforma é aAcessibilidade, presente em todos os espaços do novo museu. O espaço conta com cerca de 390 recursos multissensoriais, como telas sensíveis ao toque, maquetes e recriações ampliadas dos artefatos da mostra, proporcionando uma experiência imersiva para todos os espectadores. Além disso, todos os vídeos (são 70 peças multimídia no total) possuemlenda em libras.

Em termos de infraestrutura, o prédio conta com pisos táteis, elevadores, escadas rolantes, banheiros em todos os andares, bicicletário e estacionamento para idosos.Pessoas com Deficiência (PCD). “Toda a reforma foi restauração, modernização e acessibilidade ao público”, diz Oliveira.

Ao contrário dos prédios mais antigos, que costumam ter uma entrada lateral separada para o público do PCD, o novo Museu Ipiranga foi totalmente reformado e conta com uma entrada única para todos os espectadores, localizada na área ampliada.

3. A história é de todos

Com a ampliação do prédio do monumento, o espaço expositivo quadruplicou. Antes eram 12 salas para expor o acervo, hoje o museu conta com 49. Essas salas vão abrigar 11 exposições de longa duração e uma exposição temporária, que inaugura em novembro.

As exposições permanentes estão divididas em dois eixos. A primeira é: “Entenda queGesellschaft', que apresenta pesquisas realizadas por professores de museus sobre a construção da identidade e do imaginário brasileiro a partir de áreas como trabalho, casa e cidades.

O segundo eixo é “Entendendo o Museu”, que conta a história do prédio e da instituição e explica como funciona a curadoria do local. Em ambas as partes, os museólogos desenharam as exposições de forma que o público se veja representado nelas.

No novo museu não há só elesHistóriapor imperadores, aristocratas e bandeirantes, mas também por indígenas, escravos e trabalhadores liberais que fizeram parte do passado paulista.

Entre as mais de 3.500 exposições estão obras de artistas pertencentes a grupos minoritários, como Tomoo Handa, pintor eimigrante japonêsque fez carreira no Brasil, e confecções do coletivo Trans Sol, que ensina costura e artesanatomulheres trans e travestis.

4. Reflita sobre o passado

Para Amâncio Oliveira, um dos destaques do novo museu será a exposição “Uma História do Brasil” do eixo “Entendendo a Sociedade”. “Começa na entrada do edifício monumental e atravessa obandeirantes, pelas escadas que carregam as águas dos rios paulistas, passando pelas pinturas dos Defensores da Independência, até chegar à sala principal onde se encontra a pinturaindependência ou morte"de Pedro Américo, os retratos de Maria Leopoldina e José Bonifácio", descreve o assistente de direção.

Apesar de elementos tão conhecidos e lembrados por quem já passou por lá, esta exposição traz consigo muitas novidades. Agora ele aborda a ambiguidade da figura dos bandeirantes, que antes eram considerados heróis por terem ajudado a expandir seu território, mas agora são reconhecidos como responsáveis ​​por isso.Erradicação de vários povos indígenas.

É por isso que, além das obras clássicas que caracterizam o Museu do Ipiranga, a instituição passa a oferecer vídeos, explicações, falas e obras de populações até então à margem da narrativa independentista, destacando acultura indígena e resistência, Por exemplo.

5. Memória afetiva

O Museu do Ipiranga faz parte da história de muitos paulistas e turistas que visitaram o local com a família ou escola. Por ser um dos museus mais antigos do Brasil, o espaço desperta nostalgia e curiosidade no público. O temor é tanto que, segundo o Instagram do museu, os ingressos para os primeiros quatro dias após a reabertura na plataforma Sympla esgotaram em 10 minutos.

ATENCIÓN: plan para conseguir entradas.

Neste primeiro momento, o museu funcionainício suave, ou seja, receber um público menor em preparação para as multidões que devem passar pelo local nos próximos meses. Espera-se receber entre 900.000 e 1 milhão de visitantes por ano, o que o coloca entre os mais destacadosPrincipais atrações de São Paulo.

No momento está aberto de terça a domingo. Mas não se trata apenas de chegar: a entrada é concedida mediante a apresentação dos bilhetes fornecidos semanalmente pela organização.

Funciona assim: toda segunda-feira às 10h. m.na plataforma Sypla, o Museu do Ipiranga abre os horários disponíveis e libera os ingressos para visitação na semana correspondente. Como acabam rápido, vale a pena colocar um alarme para se lembrar da hora.

A entrada é gratuita até 6 de novembro. O valor do ingresso após esta data ainda está em apuração e por isso não foi divulgado. Mas, em conferência de imprensa, o vice-diretor do museu reiterou o compromisso da instituição em ser um espaço acessível a todos. “Vamos ter uma política forte de meia-entrada e grátis”, disse Amâncio Jorge de Oliveira.